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QUEM É O ESPÍRITO SANTO
QUEM É O ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo

 

O Espírito Santo Consolador

 

Yahushua, quando ainda estava na terra, falou sobre a obra do Espírito Santo, chamando-o de “Consolador”:

 E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” João 14:16, 17.

 Note que no texto acima, Yahushua disse para os discípulos que eles já conheciam o Consolador, o Espírito da verdade, e dá a razão:

 vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” João 14: 17.

 Quem é que já habitava com os discípulos durante três anos e meio? Yahushua era o que habitava com eles. Yahushua deu a entender aos discípulos que, ao falar do Consolador, estava falando dEle mesmo. As palavras que ele disse em seguida reforçam esta idéia:

 Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.” João 14:18.

 Na frase acima, Yahushua mostrou para os discípulos que Ele era o que voltaria como o Consolador. Mas alguém poderia ainda pensar que Yahushua estava se referindo, não à Sua vinda como Consolador, mas sim à Sua segunda vinda à terra. Para evitar que os discípulos chegassem a tal conclusão, Ele continua:

 Ainda por um pouco, e o mundo não Me verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu vivo, vós também vivereis.” João 14:19.

 A Bíblia declara que, quando Yahushua vier pela segunda vez à terra, “todo o olho O verá” (Apoc 1:7); isto inclui todos os que estão no mundo. Mas ao falar da vinda do Consolador, Ele disse que “o mundo não me verá mais; vós, porém, Me vereis”. Vemos que Yahushua não se referia à Sua segunda vinda à terra, mas sim à Sua vinda como Consolador, quando somente os crentes O receberiam. Alguns crêem que, por Ele ter dito que enviaria “outro” Consolador, Ele se referia a outra pessoa, não a Ele mesmo. Todavia, como vimos, Yahushua explicou que não era isso o que Ele desejava ensinar. Ao falar “outro”, referia-se a Ele. Yahushua se referia muitas vezes a Si mesmo na terceira pessoa do singular, ou seja, em lugar de dizer “Eu”, falava de Si mesmo como de outra pessoa. Veja alguns exemplos:

 E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Yahushua: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos.” Mateus 17:9.

 Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” Mateus 12:40.

 Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Yahushua se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de O reconhecer.... Então, lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na Sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.” Lucas 24:15, 16, 26, 27.

 Quem eram “o Filho do Homem” e o “Cristo”, mencionados por Yahushua nos textos acima? Ele mesmo; mas Ele falava como se fosse outra pessoa. Esta era uma forma de falar de Yahushua, a fim de não atrair a glória para Si. É digna de nossa imitação. O mesmo se dá no caso de João 14:16, quanto ao Consolador. Cristo fala de Si mesmo como se fosse de outra pessoa (daí a razão de usar a palavra “outro”). Quem conhece a Cristo e está familiarizado com a forma de Ele falar, sabe que Ele estava falando de Si mesmo.

 E o próprio apóstolo João, o discípulo amado, aprendeu de Yahushua, e também referiu-se a si mesmo pela palavra “outro”:

 Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Yahushua amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram. Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.” João 20:2-4.

 João é o autor do evangelho que leva seu nome. Ele escreveu o texto acima. Ao referir-se a si mesmo, não disse “eu”, mas sim “o outro”. Esta é uma forma humilde de referir-se a si mesmo. Ele somente poderia ter aprendido isso do Mestre, o “manso e humilde”, a quem amava. Aprendeu a referir-se a si mesmo como “o outro”, do próprio Yahushua. Assim, não é conferida glória por ele à sua própria pessoa.

 É conveniente que saibamos ainda algo mais sobre o Consolador. Sabemos que ele é Yahushua, mas seria Ele  em pessoa, ou não? Leiamos com atenção as palavras de Yahushua dirigidas aos discípulos:

 “Consolador...vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós.” João 14: 16, 17.

 Onde o Consolador estaria? Dentro dos discípulos. Após voltar para o céu, Cristo, em pessoa, estaria no céu, atuando como Sacerdote e Mediador entre o Eterno e os homens. Isto os apóstolos sabiam, tanto que Paulo, falando dEle, escreveu:

 Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Altíssimo erigiu, não o homem.... Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante do Eterno” Hebreus 8:1,2; 9:24.

 Enquanto estaria em pessoa no céu para interceder pelos homens, Cristo habitaria no coração dos crentes pelo seu Espírito, como Consolador. Ele ensinou em João 14 que o Consolador é Ele, não em pessoa, mas sim em Espírito. O Consolador é o próprio Cristo, despojado da personalidade da humanidade. Isso era exatamente o que Paulo entendia:

 E, porque vós sois filhos, enviou o Altíssimo ao nosso coração o Espírito de Seu FilhoGálatas 4:6.

 E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle.” Romanos 8:9.

 Por meio de Seu Espírito, Cristo habitaria no coração dos crentes. O Espírito subjuga as vontades egoístas, e leva todos os pensamentos em submissão a Cristo. Foi por receber o Espírito de Cristo, o Consolador, em Seu coração, que Paulo pode dizer: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gal. 2:20).

 

 

A palavra “Espírito” como o Consolador

 

As religiões pagãs antigas e o espiritismo ensinam que o espírito é uma entidade independente do corpo da pessoa. Todavia, esta não é a definição bíblica para a palavra “espírito”. As palavras traduzidas dos originais como “espírito” são o hebreu “ruach” e o grego “pneuma”, e também significam “sopro”, “vento”. Em João 20, isso é ensinado de forma bem clara:

 Disse-lhes, pois, Yahushua outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” João 20:21, 22.

 Jesus soprou sobre os discípulos e disse: “recebei o Espírito Santo”. Para os discípulos, o Espírito Santo era como um “sopro” do Mestre, e não uma pessoa independente do corpo, como afirma o espiritismo. A Bíblia não nos dá uma definição precisa sobre a natureza deste sopro (do que ele é formado), mas nos aclara que ele convence os crentes do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), dirige e guia a vida dos crentes (Atos 16:7), capacita os homens a fazer a obra do Eterno (I Cor. 7:7-10), subjuga os nossos maus desejos (Gál. 5:16), e transforma nossa vida (Gál. 5:22, 23). Em outras palavras, nos revela o que é necessário que saibamos sobre ele. Quanto à natureza do Espírito Santo, vale a regra bíblica: “As coisas encobertas pertencem a YAHUH, nosso Soberano” Deuteronômio 29:29.

 

O Espírito do Eterno e o Espírito do Messias

 Já vimos que o Espírito de Cristo é o Espírito Consolador, que Ele soprou sobre os discípulos. Todavia, por vezes lemos na Bíblia o termo “Espírito de Deus”:

 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito do Altíssimo habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. ... Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Yahushua dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou ao Messias Yahushua dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita.” Romanos 8: 9, 11.

 O texto acima menciona claramente um “Espírito” do Pai, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos, e outro “Espírito” de Cristo. Seriam “Espíritos” diferentes, ou o texto refere-se ao mesmo Espírito, compartilhado por ambos? Yahushua, em João 15:26 lança luz sobre o assunto:

 “Quando, porém, vier o Consolador, que Eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dEle procede” João 15:26.

 O Mestre disse que o Espírito Consolador, o Seu Espírito, que Ele enviaria, vinha da parte do Pai e procedia do Pai. Assim, o Espírito Consolador é também o Espírito do Altíssimo. Como pôde Yahushua enviar o Espírito do Pai a nós? Leiamos em Atos:

 A este Yahushua, o Altíssimo ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra do Eterno, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.” Atos 2:32, 33.

 

como o Altíssimo ungiu a Yahushua de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque o Eterno era com Ele” Atos 10:38.

 A Bíblia declara que Yahushua recebeu do Pai o Espírito Santo. O Eterno ungiu a Yahushua com o Seu Espírito, e então Yahushua pode sopra-lo e derrama-lo sobre os discípulos. Vemos que o Espírito do Altíssimo e o do Messias é o mesmo, pois o Espírito que Yahushua enviou, Ele o recebeu do Eterno. Yahushua mesmo disse que as coisas dEle são do Pai também:

 Tendo Yahushua falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse:... todas as Minhas coisas são TuasJoão 17:1, 10.

 

O Espírito Santo é uma pessoa?

 Os discípulos não entendiam que o Espírito Santo fosse uma pessoa. Devemos nós aceitar tal conceito? Vejamos:

 A este Yahushua, o Eterno ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra do Altíssimo, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.” Atos 2:32, 33.

 A passagem acima fala sobre o derramamento do Espírito Santo aos discípulos, no Pentecostes. Existem duas palavras chaves nela que nos ajudarão a identificar se o Espírito Santo é apresentado como uma pessoa ou não: São elas: “derramou” e “isto”.

 O texto afirma que Cristo “derramou” o Espírito Santo sobre os discípulos. Podemos derramar água, óleo, leite e outros sobre alguém. Mas podemos derramar uma pessoa? Não, impossível. Vê-se que o Espírito Santo que foi derramado não era uma pessoa. Nem mesmo o poderia ser, pois, como poderia ser uma pessoa “derramada” sobre 120 pessoas, como ocorreu no Pentecostes? A Bíblia sempre apresenta as pessoas sendo ungidas com óleo, simbolizando que receberam o Espírito Santo. Citamos um exemplo:

 Disse YAHUH: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito De YAHUH se apossou de Davi.” I Samuel 16:12, 13.

 Na passagem, o apóstolo também afirma, referindo-se ao Espírito Santo, que YAHUSHUA derramou “isto” que vedes. A palavra “isto” pode ser usada para referir-se a uma pessoa? Vejamos: você gostaria que alguém, ao referir-se a você dissesse: então, veio “isto” até nós? É possível que você até mesmo se sentisse ofendido, não é verdade? A palavra “isto” é usada para referir-se a objetos e coisas impessoais, mas nunca a uma pessoa. O uso, pelo apóstolo, da palavra “isto” para referir-se ao Espírito Santo, mostra que ele não é uma pessoa. Se ele fosse uma “pessoa” ou um “Deus”, o apóstolo não seria assim tão desrespeitoso para com ele.

 Adicionalmente, lembramos que os símbolos do Espírito Santo apresentados na Bíblia – água (João 7:37-39), óleo (Zac. 4:2-6) – sempre lembram algo sem forma; nunca lembram uma pessoa.

 

Atributos “pessoais” do Espírito Santo

 Em diferentes lugares na Bíblia, encontramos referência a ações pessoais atribuídas ao Espírito Santo. Encontramos passagens nas quais é dito que o Espírito geme, intercede, se entristece, fala, etc. O que elas significam? Não é difícil entender, após analisar algumas delas. A Bíblia apresenta um comparativo entre o espírito do homem e o Espírito do Eterno que nos ajuda a entendê-las. Vamos tratar de entender bem este comparativo, e também a maneira pela qual a Bíblia se refere ao espírito do homem. Então, ficará fácil entender as passagens que apresentam atributos pessoais associados ao Espírito Santo:

 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas do Altíssimo, ninguém as conhece, senão o Espírito do Altíssimo.” I Coríntios 2:11.

 Já vimos que o espírito do homem não é uma entidade independente, um ser separado dele. Portanto, a palavra “espírito”, usada acima, não está se referindo a isso. Uma leitura mais detida nos mostra que a palavra “espírito” está sendo utilizada para se referir à mente do homem. Cinco versos à frente, Paulo, o escritor da carta aos Coríntios, confirma que era isto o que quis dizer, pois afirma: “Pois quem conheceu a mente de YAHUH, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (I Cor. 2:16).

 De fato, fazendo a substituição da palavra “espírito” por “mente” no texto acima, vemos que o texto fica claro:

 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito [a sua mente], que nele está? Assim, também as coisas do Altíssimo, ninguém as conhece, senão o Espírito do Altíssimo.” I Coríntios 2:11.

 Tendo entendido o significado da palavra “espírito” referida ao homem neste texto, fica fácil entendermos o sentido dela quando aplicada ao Eterno, no mesmo verso, pois o próprio texto explica:

 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas do Altíssimo, ninguém as conhece, senão o Espírito do Altíssimo.” I Coríntios 2:11.

 Como as coisas do homem ninguém conhece, senão sua mente, assim também as coisas do Eterno, ninguém conhece senão o “espírito”, ou seja a mente do Eterno. Cinco versos para frente, o Autor confirma que era isso mesmo que desejava que entendêssemos:

 Pois quem conheceu a mente de YAHUH, que O possa instruir?” I Coríntios 2:16.

 Fica evidente que a palavra “espírito” foi usada em sentido figurado (neste caso representando a “mente”). Esta não é a única passagem na qual isto ocorre. Veja outros casos:

 “... Acabe veio desgostoso e indignado para sua casa ... Porém, vindo Jezabel, sua mulher, ter com ele, lhe disse: Que é isso que tens assim desgostoso o teu espírito e não comes pão?” I Reis 21:4, 5.

 O rei Acabe estava sentindo-se desgostoso, com pensamentos de desgosto. A expressão “desgostoso o teu espírito” demonstra que ele estava desgostoso em sua mente.

 O profeta João, referindo-se ao fato de estar sua mente em visão, disse que estava em “espírito”:

 Achei-me em espírito, no dia de YAHUH, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês (na mente) escreve em livro” Apocalipse 1:10, 11.

 E Paulo escreveu aos crentes:

 A graça do mestre Yahushua, o Messias  seja com o vosso espírito [mente].” Filemon 1:25.

 Já vimos que a Bíblia por vezes usa a palavra “espírito” para referir-se à mente do homem. Todavia, encontramos diversas passagens que mencionam o “espírito” do homem, atribuindo a ele ações pessoais. Citamos um exemplo:

 “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera.” I Coríntios 14:14.

 Paulo dizia que seu espírito orava, referindo-se ao fato de que ele orava na mente. Note que, embora a ação seja atribuída ao “espírito” de Paulo no verso, entende-se que a ação foi de fato do “possuidor” do espírito, nesse caso - Paulo. Vejamos ainda outro exemplo:

 Foi por isso que nos sentimos confortados. E, acima desta nossa consolação, muito mais nos alegramos pelo contentamento de Tito, cujo espírito foi recreado por todos vós.” II Coríntios 7:13.

Embora seja dito que o “espírito” de Tito foi recreado, sabemos que o texto refere-se ao fato de que o próprio Tito foi recreado. Quando analisamos outros textos semelhantes a este na Escritura, podemos perceber que, como regra, quando a Bíblia apresenta a palavra “espírito” ligada a uma ação pessoal, ela sugere que a ação deva ser atribuída ao possuidor do espírito, e não ao “espírito”. Citamos ainda um último exemplo, para que fixemos este conceito:

 No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho; o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono. ...Disse-lhes o rei: Tive um sonho, e para sabê-lo está perturbado o meu espírito.” Daniel 2:1, 3.

 Note que, no texto acima, referindo-se ao fato de que Nabucodonosor estava perturbado em sua mente, está escrito que “seu espírito” estava perturbado. A ação atribuída ao “espírito” no texto deve ser entendida como sendo do possuidor do espírito. Ao pesquisarmos mais a fundo, verificamos que o mesmo se dá com as passagens que atribuem ações pessoais ao “espírito” do Eterno. De mesma forma que a Bíblia apresenta ações pessoais atribuídas ao espírito do homem, referindo-se a ações do próprio homem, ela também apresenta ações pessoais atribuídas ora ao espírito do Eterno, ora ao espírito de Yahushua, referindo-se à ações executadas pelo Altíssimo e por Yahushua. Analisemos alguns exemplos:

 

 - Romanos 8:26

 Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.” Romanos 8:26.

 No texto acima, Paulo afirma que o “espírito” intercede por nós. Segundo a regra bíblica, a ação deve ser entendida como sendo da pessoa possuidora do espírito. Neste caso, a pessoa é Cristo, posto que Ele é o único intercessor entre o Eterno e os homens. Vemos que a regra se comprova verdadeira, uma vez que o próprio Paulo esclarece no próprio contexto da passagem acima (7 versos para frente) que é Cristo quem intercede por nós:

 É o Messias Yahushua quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita do Altíssimo e também intercede por nós.” Romanos 8:34.

 Compare: “o mesmo Espírito intercede por nós” Rom. 8:26 = “É o Messias Yahushua quem... intercede por nós” Romanos 8:34.

 Alguns poderiam justificar uma crença entre duas pessoas intercessoras, neste caso Yahushua e uma pessoa chamada “Espírito”, alegando para isso o fato de Romanos 8:34 afirmar que Yahushua “também” intercede por nós. Todavia, analisando o todo da Escritura, este argumento cai por terra, pois está escrito que há apenas Um que intercede por nós como Mediador entre o Altíssimo e os homens – o Messias Yahushua:

 

Porquanto há... um só Mediador entre o Eterno e os homens, o Messias Yahushua, homemI Timóteo 2:5.

 

Assim, o Espírito que intercede por nós, segundo Romanos 8:26 não pode ser outro que o próprio Cristo. Ele é o único intercessor – não há outro.

 

 - I Ped. 1:2

 eleitos, segundo a presciência do Eterno Pai, em santificação do espírito, para a obediência e a aspersão do sangue do Messias Yahushua, graça e paz vos sejam multiplicadas.” I Pedro 1:2.

 No texto acima, o “espírito” não é apresentado executando uma ação, mas sim sofrendo a ação. É passivo, e não ativo. O termo “santificação do espírito” sugere que o “espírito” é santificado. Sabemos que a Bíblia apresenta o homem como o ser que é santificado por meio de Cristo:

 “Yahushua, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça do Altíssimo, provasse a morte por todo homem. ... Porque assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; Ele não se envergonha de lhes chamar irmãos.” Hebreus 2:9, 11.

 

O homem, que é santificado, é quem deve estar representado pela palavra “espírito” no texto de I Pedro 1:2 que estamos analisando. Esse texto ainda diz que a “santificação do espírito” é para “a obediência”. O homem só pode prestar obediência por meio da sua mente; é através dela que ele serve ao Eterno. Vemos, portanto, que o “espírito” que é santificado para obediência é a mente do homem. A palavra “espírito” refere-se, portanto, à mente do homem, que é santificada.

 - Atos 2:4

 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” Atos 2:4.

 O texto acima relata que os discípulos de Cristo receberam o dom de línguas, “segundo o Espírito lhes concedia”. Aplicando a regra bíblica, verificamos que a ação de “conceder” o dom, atribuída ao Espírito no texto, é a ação realizada pelo possuidor do Espírito (neste caso é Cristo, que enviou o Espírito aos crentes no Pentecostes). Este entendimento está em harmonia com a revelação bíblica, pois a Palavra declara que é Cristo quem “concede” dons aos homens:

 “e a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: Quando Ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.” Efésios 4:7, 8.

 Note quem concedeu dons aos homens: “Cristo ... concedeu dons aos homens” (Efe. 4:7, 8).

 

 - Efésios 4:30

 E não entristeçais o Espírito do Eterno, no qual fostes selados para o dia da redenção.” Efésios 4:30

 O texto acima relata que o “Espírito do Eterno” se entristece, referindo-se ao fato de que o próprio Altíssimo se entristece, exatamente como em Daniel capítulo 2 está escrito que o “espírito de Nabucodonosor” estava perturbado para dar a entender que ele estava perturbado. Pela regra bíblica, a ação de entristecer-se deve-ser atribuída ao possuidor do Espírito, neste caso o Altíssimo.

 

 - Atos 5:3, 4

 Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? ... Não mentiste aos homens, mas ao Altíssimo.” Atos 5:3, 4.

 Embora não atribua especificamente uma ação à palavra “Espírito”, este texto pode ser entendido de forma semelhante aos anteriores. É dito que Ananias mentiu para o Espírito Santo. Segundo a regra bíblica que vimos, entende-se que Ananias mentiu para o possuidor do Espírito, neste caso o próprio Eterno, posto que é dito: “não mentistes aos homens, mas ao Eterno”. Isto está em harmonia com a revelação bíblica – leiamos:

 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Soberano, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim ao Eterno, que também vos dá o Seu Espírito Santo.” I Tessalonicenses 4:6, 8.

 Ananias tentou defraudar seus irmãos na fé, retendo parte do valor do campo que tinha vendido. Rejeitou o conselho do Eterno para não defraudar seus irmãos. O texto acima diz que quem rejeita este conselho não rejeita a homens, mas sim ao Eterno. Pedro, em Atos 5, citou este ensino bíblico a Ananias – que ao tentar defraudar ele e os outros irmãos, retendo parte do valor da venda do campo, não estava mentindo a homens, mas sim a Deus.

 Entendemos que os exemplos acima são suficientes para comprovar a regra bíblica. Todos os demais textos que atribuam ações pessoais ao “Espírito” do Eterno e do Messias, como falar, se entristecer, etc., são facilmente explicados aplicando a regra bíblica que estudamos neste capítulo. As ações devem ser sempre atribuídas ao possuidor do Espírito – o Altíssimo ou Cristo.

 O batismo em Mateus 28:19

 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mateus 28:19.

 O texto acima é o que consta nas versões modernas da Bíblia que temos a disposição hoje. Todavia, esse texto não confere com o uso dos apóstolos, segundo os próprios tradutores da Bíblia de Jerusalém sugerem:

 “É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro de Atos fala em batizar no nome deYahushua (Jesus)’ (Atos 1:5, 2:38). Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da Trindade” (Fonte: Nota de Rodapé sobre Mateus 28:19, pág. 1758 – Bíblia de Jerusalém, Revista e Ampliada 3ª Impressão, 2004)

 E eles não são os únicos. Várias Enciclopédias de Religião concordam com os tradutores da Bíblia de Jerusalém:

 “A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2° Século.” (Fonte: Enciclopédia Britânica, 11ª Edição, Vol. 3 pág. 365, 366). “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em Nome de Jesus Cristo.” (Idem, Volume 3, pág. 82).

 “A religião primitiva sempre batizava em Nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento da doutrina da trindade no 2° Século.” (Fonte: Enciclopédia da Religião – Canney, pág. 53).

 “O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em NOME do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino, quando a fórmula da trindade foi usada.” (Fonte: Enciclopédia da Religião – Hastings, Vol. 2 pág. 377, 378, 389).

 Torna-se, portanto, evidente que o batismo em nome de três pessoas apresentado no texto de Mateus 28:19 que temos nas Bíblias de hoje, quando comparado com o uso dos apóstolos relatado pela história da religião, é no mínimo altamente questionável. Nosso objetivo neste capítulo é apenas analisar a citação acima sob a ótica do que ela, na forma como aparece nas versões mais modernas da Bíblia, ensina com relação ao Espírito Santo. Não será tratada aqui sua autenticidade ou sua autoridade para determinar qual é a forma correta de batizar. Faremos isso à frente neste livro. Por agora, queremos analisar dois pontos com relação a esta citação:

 1- Mat. 28:19 prova que o Espírito Santo é uma pessoa?

 Lemos que o verso diz “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Verificamos que ele não diz que o Espírito Santo é uma pessoa – em verdade nem existe a palavra “pessoa” no verso – ele só ordena batizar em nome do Espírito Santo. Poderíamos concluir que pelo fato de o verso dizer “batizando-os...em nome do Espírito Santo”, ele estaria dizendo que o Espírito Santo é uma pessoa? Sabemos que o realizar uma ação em nome de algo não prova que este seja uma pessoa. Citamos um exemplo: “você está preso em nome da lei”. A lei não é uma pessoa, mas pode-se executar uma ação “prender alguém” em nome dela. Assim como prender alguém em nome da lei não prova que a lei é uma pessoa, batizar alguém em nome do Espírito Santo não prova que este seja uma pessoa. Vemos então que Mat. 28:19, da forma como aparece escrito em nossas Bíblias, não prova que o Espírito Santo seja uma pessoa.

 2 – Mat. 28:19 prova que o Espírito Santo seja um Deus?

 O verso também não diz que o Espírito Santo seja um Deus. Em verdade, a palavra “Deus” nem aparece no verso. Assim, embora mencione “Pai, Filho e Espírito Santo”, ele não seria um verso claro nem mesmo para provar que o Pai é Deus, pois embora mencione o nome do Pai, não diz que ele é um Deus. Já vimos que o fato de o verso ordenar batizar também em nome do Espírito Santo nem mesmo prova que ele seja uma pessoa; que dirá então de provar que este seja um Deus.

 

3 - O fato de o Espírito Santo ser mencionado com o Pai e o Filho neste verso, não nos dá um senso de igualdade entre os três?

 Ao analisarmos a Escritura, verificamos que o fato de os três nomes serem mencionados juntos nem mesmo dão ao Filho igualdade para com o Pai, pois o mesmo disse:

 o Pai é maior do que Eu.” João 14:28.

 Yahushua disse claramente que o Pai é maior que Ele. Vemos, portanto, que o fato de Ele ser mencionado juntamente com o Pai em Mat. 28:19 não O faz igual ao Pai. E quanto à menção do Espírito Santo neste verso? Se a mera menção junto ao Pai e ao Filho atribuísse a alguém o status de igualdade para com Eles, então, usando este critério, todos os anjos eleitos do céu teriam que, com justiça ser considerados iguais a Eles, pois são mencionados na Bíblia juntamente com ambos - veja:

 “Conjuro-te, perante o Altíssimo, e o Messias yahushua, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade.” I Timóteo 5:21.

 Sabemos que é absurdo entender que, pelo fato de os anjos serem aqui mencionados junto ao Eterno e Yahushua, devessem ser considerados deuses ou pessoas iguais ao Pai e o Filho em autoridade. Usando o mesmo critério com o qual analisamos o verso acima para com o texto de Mat. 28:19, vemos que a menção do Espírito Santo junto com o Pai e o Filho não o faz igual a Eles, nem tampouco faz dele um “Deus”.

 

 - II Cor. 13:14 (13)

 A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” II Coríntios 13:14 (13 em algumas Bíblias).

 

Ao analisarmos Mat. 28:19 na seção anterior, vimos que a menção dos nomes Pai, Filho e Espírito Santo no mesmo verso não prova ser o Espírito Santo uma pessoa igual ao Pai e o Filho, ou um Deus. Pela mesma razão, o fato de que os nomes Jesus, Deus e Espírito Santo serem mencionados no verso acima (I Cor. 13:13) não prova ser o Espírito Santo uma pessoa igual ao Pai e ao Filho, ou um Deus. E por este mesmo critério podem ser entendidos todos os outros versos da Bíblia onde aparecem os três nomes. Por isso, não iremos analisá-los todos nesta apostila.

 Existe um termo do verso acima que pode gerar um pouco de confusão. Este é: “a comunhão do Espírito Santo”. A chave para entender este termo corretamente está em Lê-lo com atenção. Note que o texto diz: “comunhão do Espírito Santo”, e não “comunhão com o Espírito Santo”. Se dissesse comunhão “com” o Espírito Santo, este deveria ser entendido como uma pessoa aqui, pois só podemos ter comunhão “com” uma pessoa. Mas o texto diz comunhão “do” Espírito Santo. Este termo significa que todos receberam do mesmo Espírito, o que os leva a serem unidos e terem o mesmo parecer. Quando duas pessoas têm a mesma opinião, costumamos dizer que elas têm o mesmo Espírito, não é verdade? Este era o desejo de Paulo para os Coríntios quando lhes escreveu sobre a comunhão “do” Espírito Santo – que tivessem o mesmo Espírito, e por isso fossem unidos na mesma disposição e no mesmo parecer:

 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” I Coríntios 12:14.

 Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” I Coríntios 1:10.

 

 - I João 5:7, 8

 Os próprios tradutores da Versão Almeida Revista e Atualizada, Edição 1999, confessam que o texto que aparece entre colchetes “[__]” dentro destes versos não pertence ao original:

 “Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes em um só propósito”

 O texto que está entre colchetes seria perfeito para provar a existência de uma trindade. Entretanto, no comentário desta versão (pág. 363 – Novo Testamento), lemos:

 “f 5.8 O texto entre colchetes não aparece em diversos manuscritos”.

 De fato, nenhum dos manuscritos antigos contém o texto que aparece acima entre colchetes. Portanto, não vamos despender tempo analisando um texto que não faz parte da Bíblia, e foi posteriormente acrescentado pelo homem. Basta, para efeito do estudo, vermos que os versos, sem o acréscimo do texto em colchetes, não provam nem a existência de uma trindade, nem que o Espírito Santo seja uma pessoa igual ao Pai e ao Filho:

 “Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes em um só propósito” I João 5:7, 8.

 

O que o texto fala é que o Espírito que Yahushua envia, a água e o sangue que saíram de Seu lado quando o soldado perfurou Seu peito na cruz, são unânimes em um só propósito: para que crêssemos em Yahushua como o Filho do Altíssimo.

PARA FINALIZAR-MOS ESSE ESTUDO VEJA O QUE DIZ O APÓSTOLO PAULO:

Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje quando fazem a leitura da antiga aliança o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que somente no Messias ele é removido;
E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.
Mas, quando se converterem ao Senhor (o Messias), então o véu se tirará.
Ora, o Senhor (o Messias) é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.II Cor. 3:14-17

A quem Paulo se refere acima como o espírito Santo?

Amado irmão analise esse estudo e tire sua conclusão.


PRÓXIMO TEMA: YAHUSHUA (JESUS) É DEUS?




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